segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cláudia Brino e Vieira Vivo na II Oficina Literária





II Oficina Literária
Projeto "Incentivo à Leitura e à Produção Literária"
Local : Etec "Philadelpho Gouvea Netto" - São José do Rio Preto
Data: 22/04/2013


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cântico dos Cânticos de Alíria Pivol



“O tu, que habitas nos jardins, os companheiros estão atentos para ouvir a tua voz; faze-me, pois, também ouvi-la”
Cânticos 8:13

Alíria Pivol. Cantora. Famosa. Cabelos negros azulados em pele morena. Íris cor de mel realçadas pelo "dramatic make-up". Corpo esbelto e sensual. Alíria sempre se destacou. Desde os tempos de escola, criando penteados e acrescentando detalhes nos vestidos que sempre produziam inveja para algumas colegas e servia de modelo para outras tantas. Adolescente gerou estilo próprio com unhas quadradas, cabelos repicados e batons escuros. Altamente comunicativa se fazia presente em todas as comemorações escolares e eventos festivos, ora cantando, ora dançando, ora dosando um e outro. Desnecessário dizer a cobiça dos rapazes. Um beijo que fosse. Sua imagem povoava a imaginação dos garotos, com hormônios à flor da pele, se fazendo presente nos momentos mais íntimos e secretos de cada um deles.

Enfim, Alíria sabia ser cativante. Casou-se quase que por imposição dos pais que desejavam livrar-se rapidamente dos filhos, amparados por valores de que a mulher devia ter um marido que a sustentasse. O casamento, de certa forma arranjado, foi articulado pelo padrasto, Custódio, e buscou atender a um amigo, já de sua idade, solteirão e esquisito, de nome Jaquelino, conhecido como Jack. Jack era o tipo do homem desleixado, despreocupado com a aparência e mal encarado. Justificavam dizendo tratar-se de homem trabalhador. E isso parecia bastar.

Casaram na Capela de São Filiberto em cerimônia simples. Após houve recepção no salão de quermesse da própria Capela. Luxo que o parco dinheiro permitia. Nada de fartura. Pratos com batatinhas temperadas para serem disputadas, maionese, arroz e refrigerantes. Tendo Custódio se recuperado do consumo de álcool não permitiu que se fizesse presente na festa.

Na noite de núpcias, após exaustivas tentativas, Jack não conseguiu seu intento. O membro viril não estava tão viril, talvez impactado pela beleza transbordante de Alíria. Brochou. Isso custou alguns tapas no rosto da moça já assustada pelo corpo disforme e os maus modos de seu esposo. Mas enfim, tentativas frustradas e outras exitosas, Alíria engravidou.

O temperamento incompreensível do marido, alterando de humor num simples piscar de olhos, motivava discussões e agressões. A violência produziu o primeiro aborto. O primeiro porque outros sucederam. De alguma maneira a bela rapariga também passou a produzi-los. Decidiu odiar aquele homem e recusava-se ter um filho dele. Já não era a mulher atraente de antes. Jack exigia que não se penteasse, maquiasse, ou usasse roupas atrativas. Andava aos molambos. Chinelo de dedos, pés sujos, olhar para o chão, fugidia e avessa a qualquer amizade. Mesmo com as vizinhas. Compadeciam dela. Estava sempre esfregando, varrendo, lavando roupa, cuidando da horta, carpindo e cosendo.

O tempo parecia correr mais acelerado para ela. Envelhecia a olhos vistos. Uma luz, contudo, venceu suas sombras. Certa manhã, quando caminhando para as compras no armazém do Sr. Abel, deparou-se com belos tecidos expostos em loja próxima. Acariciou uma estampa. Era como se ela lhe trouxesse vida. De súbito apareceu um belo rapaz prontificando-se em ajudar. Seus olhares se cruzaram e uma dose fatal de endorfina, dopamina, oxitocina e vasopressina se misturaram em fabuloso coquetel traduzindo-se em incontrolável taquicardia. Pálida, trêmula e muda buscou o refúgio embolorado de seu lar.

- Bom dia, meu nome é Franco, posso ajudar?, aquela frase pulsava em seu interior, bombeando sangue de maneira avassaladora. Lembrava-se dos olhos profundos e dos lábios grossos, carnudos, gentis.

Esse sentimento descontrolado fez com que se perdesse nos temperos provocando a fúria de Jack e sofresse violenta surra.

O destino, porém, parecia desejar martirizá-la. Varrendo a calçada deu-se de frente com Franco. Tentou disfarçar os hematomas no rosto, mas o moço a segurou fortemente.

- Quem lhe fez isto? Posso ajudá-la?, mas Alíria vencendo a si mesma correu para seu túmulo, desejosa de romper com tudo aquilo, voar nos braços dele e fugir para qualquer lugar que fosse.

Franco. Franco. Franco. Sonhos eróticos passaram a fecundar-lhe as noites. Ao abrir os olhos via Jack, nu, olhando-a, quase ereto e intencionando possuir-lhe.

Encorajou-se e começou a deter-se mais na contemplação dos tecidos. Franco surgia resplandecente. Um anjo. Dias. Semanas. Meses e alguns encontros clandestinos começaram a polvilhar sua vida de esperança. Enjoos, tonturas, a barriga crescendo. Estava grávida. Jack chegou completamente bêbado altas horas da madrugada após celebrar que seria pai, embora a chamando de puta vagabunda e ansioso por manter relações sexuais.

A gravidez tornara Jaquelino excitado para o sexo. Um inferno na vida de Alíria, pois tudo era acompanhado por humilhações e agressões físicas.

Franco desejava matá-lo. Alíria também. Mas ao que parece a própria desgastou-se dele e o fez despencar do alto de uma caixa d´água em seu trabalho. Mortinho da Silva. Velório. Choro. Flores. Pêsames. Algumas semanas e Franco estava hospedado na casa de Alíria. A casa se transformou. Foi pintada. Semearam-se flores. Nasceu Violeta. Não se parecia nada com Jaquelino, diziam algumas vizinhas em surdina.

A voz de Alíria voltou a entoar belas músicas. E encantou tanto que um dos amigos de Franco, Kolinka, produtor musical resolveu investir na carreira da moça. E investiu tanto que em certa manhã, Franco despertou solitário. Alíria havia fugido levando Violeta e uma pequena mala de roupas.

A voz de Alíria invadiu rádios e canais de televisão. Sua foto, com a beleza ressuscitada, passou a estampar jornais e revistas. A fama ocorreu com rapidez de um falcão peregrino capturando um pombo. De uma casinha com bolores, rachaduras e infiltrações, passou a residir em uma mansão luxuosa. Por inúmeras vezes foi procurada por Franco, mas estava inacessível, intocável, tornara-se musa. Franco a amava. As humilhações a que se submetia parecia não ofuscar seus sentimentos. Colecionava revistas, cartazes, jornais com os quais decorava sua casa. A casa de Alíria. Um desejo imenso de ver e sentir violeta, sua filha, o mantinha desperto nas noites mais frias, rondando a mansão Pivol Hadassa.

Soubera que Alíria havia permanecido pouco tempo com Kolinka, casando-se com um milionário, já ancião.

Em uma manhã a mansão agitou-se com a descoberta de um homem no jardim. Morto. Talvez fome e frio. Franco. Franco tornou-se um espetáculo. Alíria queria homenagear seu amor. Sua voz doce e aveludada penetrava os poros e arrancava lágrimas da plateia. Uma estranha emoção contagiava a todos. O espetáculo correu o mundo.

Todas as noites, contudo, tinha pesadelos. Algumas vezes Jack e Franco a disputavam. Outras vezes lutavam até a exaustão. Outros a acusavam de estarem vivendo em lugares escuros e gelados. Denunciavam ter fome, sede, frio e saudade. Os via nus, sujos, desfigurados em certas circunstâncias. Despertava encharcada de suores, abatida e com olheiras profundas. Amigos diziam que precisava descansar, estava vivendo em um ritmo alucinante de shows, entrevistas e gravações.

Em desses sonhos, Alíria excitou-se com a presença de Franco. Belo e perfumado. Sentiu seu corpo quente e nu. Sentia seu hálito quente. Sua respiração. Seu cheiro. O balbuciar de seus gemidos. Ele lhe revelou que conheceria seu irmão, gêmeo, assim voltaria a estar presente.

Os meses se sucederam. A realidade do sonho se dissipava qual nuvens em dias de vento. Convidada a apresentar-se em um desfile de modas foi atraída pelos flashes de um fotógrafo. Era Franco! Quase desfaleceu na passarela. Esforçou-se para manter-se natural. Vencendo as emoções, mandou chamar o desconhecido. Chamava-se Graco. Idêntico a Franco, se não fossem as roupas da moda e as habilidades de fotógrafo. Mesmo olhar, mesmo sorriso, mesma voz. Graco Sabázio. Um romance se iniciava. Longe do olhar astuto de Humberto Hadassa, seu esposo.

Aos poucos, porém, Graco revelou-se ciumento e possessivo. O amor gerou o sentimento de posse, a posse criou insegurança, a insegurança violência. Em alguns momentos via Jack nos olhos dele. Em outros momentos a doçura de Franco.

Em um quarto de motel o corpo inerte de Alíria. Vários tiros. A beleza e a sedução da musa eram vencidas. Descontrolado e com um receio desmedido de perdê-la, Graco decidiu por fim a tudo. Quando os policiais chegaram ele os aguardava próximo ao corpo. Não reagiu. Mudo seguiu algemado. Distante, revivendo em sua mente o sorriso, os lábios e a voz de Alíria Pivol. 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A floresta silenciosa


A morte rondava a floresta. Apenas árvores centenárias pareciam desafiá-la. O silêncio era ensurdecedor. Nenhum canto de ave ou o sussurro do bugio. Nem mesmo a cigarra ou estrilar dos grilos. A água estava morta. Estagnada. Salobra. Sem vida. Os brotos desapareceram e redemoinhos secos rodopiavam entre as raízes desgastadas das gigantescas árvores. À noite o local parecia ainda mais pesado, sufocante, insuportável.

A aldeia composta por cerca de duzentas pessoas sofria as privações da estiagem. Muito maior naqueles dias. Crianças morriam de fome, sede e desnutridas. As pessoas olhavam os céus na esperança de um sinal que anunciasse chuva, mas os homens velhos diziam não haver esperança. Diante da falta de esperança havia apenas uma tentativa. A derradeira. Entregar um menino puro, ainda impúbere, à Chacoth, o senhor do mundo profundo. Com a perda de tantas crianças seria importante encontrar a mais saudável. O pajé se retirou para ouvir as mensagens sobrenaturais. Quem lhe falou foi o espírito do Ingazeiro. O menino escolhido era Juaci, o filho de Ubiraci. Ubiraci era o mais valente da aldeia. Nada temia. Submetia-se, contudo, ao desejo de seus irmãos. Faria o que fosse preciso.

O menino foi lavado com ervas relacionadas a Chacoth, foi incensado com tufos de fumaça de cheiro forte e estonteante. Juaci entrou em uma espécie de transe ao ingerir um preparado feito por Jurecê, a mais antiga.
A gruta ficava distante, no alto da montanha sagrada, onde vivia o deus em sua solidão no meio da floresta. O silêncio era aterrador. Nem a capivara, nem a paca, nem os tuins fazendo algazarra. Postaram-se todos diante da entrada. Apenas o pajé podia entrar naquele mundo e falar frente a frente com Chacoth. Era noite e não havia lua. Ninguém ousava se quer respirar. Estavam ansiosos. Deveriam deixar para morrer a míngua o pequeno Juaci. Em seu cesto podiam-se contar cerca de doze castanhas de caju, ali depositadas anualmente, assim que o cajueiro frutificava e o menino saboreava uma das frutas suculentas. Também nutriam em si a esperança de dias melhores com fartura de alimentos e água fresca. Que os animais retornassem e pudessem alimentar a todos.

Ao amanhecer retornaram à aldeia sob os sinais do ancião. Mantinha-se calado. Fitando o nada e mascando o cipó que o mantinha conectado ao mundo dos espíritos. De repente ele parou. Ajoelhou-se e chorou. Indicou que seguissem. A aldeia ardia em chamas. Foram recebidos com tiros. As mulheres e meninas estupradas e mortas. Os homens degolados ou mortos com os tiros de arcabuz..

- Reservem os meninos, não façam nada com eles! Serão convertidos, deixarão a animalidade e conhecerão a deus!, determinou um daqueles que compunha o grande grupo de homens.

- Vamos devolver essas almas a deus, exclamou outro com ar penitente e convicto de suas palavras, ajoelhando-se e benzendo-se, ordenando a morte de algumas anciãs que ainda restavam.

Em pouco tempo corpos cobriam o chão. No lugar de água fresca, haviam poças de sangue. O silêncio estava quebrado. Crianças gritavam e choravam. Homens riam alto, faziam comentários obscenos e davam tiros para o céu informando sua presença.

O velho pajé retornou à gruta às pressas e resgatou Juaci. Ambos embrenharam-se mata a dentro na busca de um esconderijo que pudesse mantê-los seguros. O velho tentava compreender o estranho silêncio de Chacoth. Nada falara. De tanto andar na intenção de proteger o menino deparou-se com um rio caudaloso, saciando a sede e fazendo-o vislumbrar bananeiras com cachos dourados. Novamente o som. O borbulhar das águas e as conversas dos macacos prego.

Do outro lado da floresta, o grupo de homens armados montaram uma cruz na aldeia e rezaram ao seu deus. A fome e a sede também os esgotavam, exauriam, desgastavam. A água dos cantis secava rapidamente. Não muito distante decidiram acampar. A fraqueza e o silêncio asfixiante os fizeram todos adormecer.

O grito de um deles despertou a todos. Estavam cercados. Desarmados. Eram os Ibyrá-Gusú. Violentos, nada amistosos, sanguinários. Espreitadores, vigiaram o bando até sorrateiramente desarmá-los e torná-los vulneráveis ao seu ataque. Os que reagiram foram mortos a flechadas, ou comas potentes bordunas. Foram zelosamente conduzidos. Os meninos foram distribuídos às mulheres. Seriam criados como seus filhos. Os homens foram despidos, amarrados e enjaulados. O mais velho caminhou atento examinando todos os corpos ali expostos. Escolheu um deles. Parecia o mais forte, atlético e saudável. Imediatamente três moças rindo muito o levaram para uma das casas. Dariam a ele alimento, uma bebida alcoólica e ofereceriam seus corpos ao prisioneiro.

No meio da tarde ele saiu da cabana. Levemente embriagado. O chamavam de Huibert. Nascera de família nobre. Louro, olhos verdes, cabelos longos e bem cuidado, atraiu-se pelas expedições, as aventuras e a descoberta de novas terras. A riqueza não o atraía tanto quanto aos seus colegas. Era movido pelo desafio. O contato com alguns homens que conhecera na taverna o empolgaram. Homens sem muitos valores, dispostos a adquirir riquezas amplamente anunciadas nas novas terras. Ouro e pedras preciosas brotavam do chão, segundo se comentava. Até aquele momento apenas enfrentara a fome, a sede e os mosquitos. Somente eles já haviam exterminado uma boa quantidade de homens. Outros por aranhas e serpentes. Flechas envenenadas puseram fim à vida de outros. Ali era o anunciado paraíso. Talvez o tivesse agora encontrado. Boa comida, banho e belas mulheres. Assim caminhava quando viu o chão aproximar-se. Uma borduna o desmaiara. Sob as vistas aterrorizadas dos colegas, Huibert foi cortado aos pedaços para ser cozinhado. Os aldeões selecionavam, hierarquicamente, as partes.

Da jaula de madeira alguns ajoelhavam e rezavam, outros tentavam encontrar uma saída, mas estavam todos em um estranho estado de torpor em razão da bebida que ingeriam.

Na aldeia incendiada, Ubiraci despertou no meio do capinzal. Atordoado lembrou-se de alguém dar com a borduna em sua cabeça. Talvez Jamari tentando preservá-lo de ser morto. Viu com tristeza seu povo dizimado. Caminhou entre os corpos. Agachou-se pensativo esperando uma resposta diante do silêncio sepulcral que o envolvia. A voz veio não longe dali. Jacicoê lhe contou o que acontecera. Falou do massacre e dos meninos prisioneiros. Falou da presença dos Ibyrá-Gusú por ali. Últimas palavras.

Dias se passaram. Os Ibyrá-Gusú comemoravam a farta caçada. À noite haviam danças e cânticos. A anciã, que se dizia encantada e que, portanto, não morreria, agradeceu a Yakecan pela prosperidade.

A chuva anunciou que uma nova estação chegava. Não demorou para se ouvir novamente os passos pesados da anta e o canto do bacurau. A selva se mostrava em festa. Yakecan trouxera suas bênçãos a todos.

Junto com a anta, porém, se aproximava da aldeia Ubiraci liderando o povo da noite. Muito se falavam deles. Chamavam-nos de nitioecó, pois não tinham certeza se existiam. Eram astutos, andavam como a onça e conseguiam desaparecer em qualquer sombra. O ataque foi fulminante, avassalador. Em pouco tempo guerreiros foram dominados e mortos. As crianças recuperadas. As mulheres foram levadas.

Na confusão vários homens, antes aprisionados, mergulharam na floresta escura, em busca da liberdade.

O instinto e profundo conhecimento da floresta levaram os nitioecó para Juaci. O pajé agonizava sorridente. Chacoth tinha seus próprios caminhos.

No interior da mata o grupo de fugitivos planejava. O povo da noite ostentava pingentes de ouro nas orelhas e nos colares. Isso indicava a riqueza deles. Era um sinal. Deus os guiava para a fortuna. Precisavam discutir cuidadosamente o ataque.

  

DIAS NUBLADOS


dias nublados são quietos
posso ouvi-los respirar, sentir o arfar de seus pulmões
trazem em si uma esponja encharcada
são lágrimas que se esconderam, tímidas e retraídas,
são dores e mágoas que se acumularam silenciosas, medrosas em se pronunciarem,
são cânticos e sorrisos que se ocultaram entre as plumas níveas de outras nuvens

dias nublados são quietos
quase mudos, se não fosse o resmungar dos trovões
anunciando chuva
lágrimas do céu que inundam a terra
que faz germinar o broto e reverdejar os campos
que nutre os rios
e lava a alma

nossas lágrimas mudas que fertilizam o solo da alma
no silêncio escuro do quarto
no soluço...

no soluço que se esconde no travesseiro...

dias nublados são quietos
como se contivessem a própria respiração
e o silêncio pairasse sobre tudo

momentos que antecederam a criação

e as chuvas torrenciais vieram
lamberam a terra
intimidaram os vulcões
extraíram o broto da semente latente
que nem existia

dias nublados em cores de chumbo
nos fazem recolher, buscar abrigo, aquietar-se,
são calados e sábios, quietos

a natureza se detém em seu ciclo
um intervalo
um vácuo
dias nublados são quietos

II Antologia Poetas Fazendo Arte em Búzios


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Noites Gélidas


em minhas noites o vento frio rodeia o cobertor
apalpa-me em mãos gélidas e secas
como se Gollum quisesse me amar
o ruído do vento que arrasta as folhas
o silêncio escuro no véu em que esconde
os lábios que me tocam e me percorrem ávidos
correntes sonolentas me aprisionam
o torpor me arrasta em redemoinhos de devaneios
o corpo quieto sonha
quero sonhar o que nunca vi, viver o que nunca sonhei
tocar o delírio e a beleza
dançar uma dança circular com a incerteza

 em minhas noites o vento frio rodeia o cobertor
apalpa-me em mãos gélidas e úmidas
como se Gollum quisesse me amar
o cão late ao longe e seus sons reverberam em cérberos temíveis
vejo o redemoinho de folhas secas
a poeira...a poeira seca
o beijo frio da noite
quero romper o silêncio das tumbas e ouvir os gemidos dos antepassados
ouvir-lhes as histórias, as lendas, os mitos, os gritos

em minhas noites o calor me aquece
calor de mim mesmo
debaixo do cobertor

FAVELA


pedras semipreciosas em cores cintilam
a lua argêntea beija o lago, o riacho, a poça d´água, a fossa
diamantina reflete a cidade
ao longe o silêncio das cores que refulgem
casas que se acotovelam
no morro tomado
o cão que late desvairado
a mulher que grita chamando o menino
que brinca  entre as ladeiras apertadas
a buzina, o programa de televisão
horário do  noticiário
mortes, invasão, represálias, prisão
a metralhadora
silêncio no morro em luzes brilhantes
paz quieta que inquieta a gente
chora o recém nascido e segue o funeral entristecido
o mesmo redemoinho de gente
mesmas emoções, mesmo medo, mesmos sonhos
de ser gente
de brilhar como estrela
ser estrela da TV ou do baile funk
a cidade é bela
dá até pra ver o mar...

IV COLETÂNEA SÉCULO XXI - HOMENAGEM A OLGA SAVARY

Resultado Oficial da IV Seletiva Nacional de Poesia 2013.
Para edição do livro: IV COLETÂNEA SÉCULO XXI – 2013
(será o VIGÉSIMO livro da PoeArt Editora de Volta Redonda que desde 2006
já editou mais de uma centena de autores de diversas cidades do país.)

- HOMENAGEM (ACEITA E AUTORIZADA PELA AUTORA) -
Olga Savary (Belém, 21 de maio de 1933)


OS POETAS SELECIONADOS PARA O LIVRO:
IV Coletânea Século XXI – EDIÇÃO 2013
 Adriana Pavani – Barra Bonita – SP
Alceu Brito Corrêa – Brasília – DF
Alexsandra de Melo Gonçalves Figueiredo – Maceió – AL
Angela Alves Crispim – Volta Redonda – RJ
Anna Maria Avelino Ayres Poços de Caldas MG
Ari Lins Pedrosa – Maceió – AL
Bruno Fernandes de Lima – Olinda – PE
Clevane Pessoa – Belo Horizonte – RJ
Décio de Moura Mallmith Porto Alegre RS
Denivaldo Piaia – Campinas – SP
Edison Corrêa - Rio de Janeiro RJ
Ednaldo Muniz de Jesus – Salvador – BA
Erika Cristina Silva Batista Queiroz – São José do Rio Preto – SP
Fátima Morais – São Luis – MA
Geraldo José Sant´Anna – São José do Rio Preto – SP
Grazielle Sabino – Ponte Nova – MG
Icléa Conceição Goulart Gama - Volta Redonda – RJ
Iolanda Martha Beltrame – Santa Rosa – RS
Isabel Cristina Silva Vargas – Pelotas – RS
João Bosco Soares dos Santos – Salvador – BA
Jonas Furtado - Ponta de Pedras – PA
José Hilton Rosa – Belo Horizonte – MG
José Luiz da Luz – Ponta Grossa – PR
Leticia Kamada – Monteiro Lobato – SP
Li Barbosa - Pilar do Sul - SP
Lúcia Martins – Ituporanga – SC
Marcelo Gomes Jorge Feres - Rio de Janeiro – RJ
Marcos Samuel Costa da Conceição – Ponta de Pedras – PA
Maria Apparecida S. Coquemala – Itararé – SP
Marisa Helena Carneiro Ribas - Curitiba – PR
Nathalia Lucinda Chaves Volta Redonda RJ
Neri França Fornari Bocchese Pato Branco PR
Ney Pompeu Chagas – Rio de Janeiro – RJ
Núbia Cavalcanti dos Santos Sanharó PE
Rachel dos Santos Dias – Campinas – SP
Reginaldo Costa de Albuquerque – Campo Grande – MS
Rita Velosa – Américo Brasiliense – SP
Roberto Fabrício – São Paulo – SP
Roberto Ferrari – Carapicuíba – SP
Rosa Regis – Natal – RN
Rozelene Furtado de Lima – Teresópolis – RJ
Saul Sastre – Cachoeirinha – RS
Thereza Salgado Lootens y Gil - Volta Redonda - RJ
Vicente Melo – Volta Redonda – RJ
Walmir Vitor de Souza Volta Redonda RJ
Wesley Faria – Volta Redonda – RJ 


domingo, 14 de abril de 2013

Os mistérios de um gênio


Em 15 de abril nasce Leonardo da Vinci. Um gênio que inspira, seduz, interroga e permanece vivo entre nós. Sua influência na ciência e na religião são inquestionáveis. Falar em Leonardo extrapola "O Código da Vinci", de Dan Brown, mas demonstra que germinam ideias traduzidas por seu espírito inquieto, exigente e pesquisador.

Talvez sua mensagem ainda nos pressione a refletir sobre os princípios e valores da Educação. A escola que queremos e nossa função enquanto educadores. É possível pensar que Leonardo da Vinci é único, insuperável e inatingível. é possível também aceitar o desafio de tocá-lo. A visão multifocal de Leonardo da Vinci revela nossas pálidas e parcas tentativas de estabelecer uma visão inter, trans e multidisciplinar do conhecimento.

Cientista, inventor, engenheiro, matemático, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, músico, poeta...o que foi Leonardo? Um homem completo? Alguém que extrapolou os conceitos das atividades do cérebro esquerdo e direito? O fato é que Leonardo decidiu superar a si mesmo, continuamente, e assim nos assombrar com o conhecimento que construiu e o eternizou.

Leonardo venceu limitações, princípios e valores (muitas vezes ainda hoje cultuados), dissecou cadáveres, desafiou crenças, propôs ao homem voar e ´locomover-se com maior agilidade. Registrou em suas obras nossas emoções, aspirações e expectativas. Um extraordinário psicólogo. 

Algumas frases:

Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo.

Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça.

Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos.

Nunca imites ninguém. Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza.

Jamais o sol vê a sombra.

Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.

Chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal e nesse dia todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade.






Máscara, de Dante Milano


Rio de Janeiro, 16 de junho de 1899/ Petrópolis, 15 de abril de 1991

Passa o tempo da face
E o prazer de mostrá-la.
Vem o tempo do só,
A rua do desgosto,
O trilho interminável
Numa estrada sem casas.
O final do espetáculo,
A sala abandonada,
O palco desmantelado.

Do que foi uma face

Resta apenas a máscara,

O retrato, a verônica,

O fantasma do espelho,

O espantalho barbeado,

A face deslavada,
Mais sulcada, mais suja,
De beijada, cuspida,
Amarrotada
Como um jornal velho.
Máscara desbotada
De carnavais passados.
Esta é a nossa cara
Escaveirada.


Até que a terra

Com sua garra

Nos rasgue a máscara.



domingo, 7 de abril de 2013

Dança de Shiva


meus pés tocam a terra
percebo as areias, a umidade, os cascalhos
beijo a terra com meus pés
acaricio o solo macio e o toco com leveza
um felino que desliza sorrateiro
um escaravelho que se esconde
o vento que a poeira arrasta
danço sobre a terra
seus encantos, seus mistérios, seus tesouros
qual redemoinho me aconchego
abraço a vida
tenho comigo uma corrente de antepassados
que me levam a um ponto
ponto solitário
no centro da galáxia
mais além talvez
entre mundos paralelos
um primeiro sol que ainda brilha
refulge límpido em minh´alma
em cores de diamante
enquanto sovo a lama
e a modelo em dias que se sucedem
belos, inseguros, tristes, caudalosos
simplesmente dias
que como todo e qualquer dia vem preenchido por noites e entardeceres
meus pés tocam a terra
até que eu esteja submerso nela.

Letras Afoitas

http://fotosbossini.blogspot.com

o dia transpira em meus poros
traduzindo-se em versos cadenciados
estendem-se feito gavinhas agarrando-se aqui e acolá
quase um pedido de socorro de uma alma ansiosa em se expressar
desanimados os minutos cessam paralisados pela tinta
escrevo leve em sementes e letras brotam ávidas e sonoras
meu pensamento segue a trajetória dos sons
que minha voz proclama ao recitá-la
uma quietude no cerne do espírito
a erupção do poema e o silêncio após o gozo
o vento passa e os suores, em calefação, são nuvens algodoadas
minha poesia é minha oração
um toque na eternidade naqueles segundos que se despedem
perfume impresso nas linhas que traço
a noite me acalenta enquanto embalo o que escrevo
reencontro-me num suspiro literário
vejo-me, ouço-me, toco-me
fortuito momento de existência
vida é apenas um poema entre sóis que reluzem no infinito.


CONTOS EMANADOS DE SITUAÇÕES COTIDIANAS

“Os contos e poemas contidos neste blog são obras de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”

SABORES DO COMENDADOR

Ator Nacional: Carlos Vereza

Ator Internacional: Michael Carlisle Hall/ Jensen Ackles/ Eric Balfour

Atriz Nacional: Rosamaria Murtinho / Laura Cardoso/Zezé Mota

Atriz Internacional: Anjelica Huston

Cantor Nacional: Martinho da Vila/ Zeca Pagodinho

Cantora Nacional: Leci Brandão/ Maria Bethania/ Beth Carvalho/ Alcione/Dona Ivone Lara/Clementina de Jesus

Música: Samba de Roda

Livro: O Egípcio - Mika Waltaire

Autor: Carlos Castañeda

Filme: Besouro/Cafundó/ A Montanha dos Gorilas

Cor: Vinho e Ocre

Animal: Todos, mas especialmente gatos, jabotis e corujas.

Planta: aloé

Comida preferida: sashimi

Bebida: suco de graviola/cerveja

Mania: (várias) não passo embaixo de escada

O que aprecio nas pessoas: pontualidade, responsabilidade e organização

O que não gosto nas pessoas: pessoas indiscretas e que não cumprem seus compromissos.

Alimento que não gosta: coco, canjica, arroz doce, melão, melancia, jaca, caqui.

UM POUCO DO COMENDADOR.


Formado em Matemática e Pedagogica. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicologia Multifocal. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa pela ABD e Instituto VAEBRASIL.

Comenda Rio de Janeiro pela Febacla. Comenda Rubem Braga pela Academia Marataizense de Letras (ES). Comenda Castro Alves (BA). Comendador pela ESCBRAS. Comenda Nelson Mandela pelo CONINTER e OFHM.

Cadeira 023, da Área de Letras, Membro Titular do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, patronesse Juliana Dedini Ometto. Membro efetivo da Academia Virtual Brasileira de Letras. Membro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias. Membro da Literarte - Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos. Membro da União Brasileira de Escritores. Membro da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (ALAF). Membro da Academia de Letras de Goiás Velho (ALG). Membro da Academia de Letras de Teófilo Ottoni (Minas Gerais). Membro da Academia de Letras de Cabo Frio (ARTPOP). Membro da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suíça. Membro da Academia dos Cavaleiros de Cristóvão Colombo. Embaixador pela Académie Française des Arts Lettres et Culture. Membro da Academia de Letras e Artes Buziana. Cadeira de Grande Honra n. 15 - Patrono Pedro I pela Febacla. Membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Iguaba Grande (RJ). Cadeira n.º 2- ALB Araraquara.

Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Taquaritinga pelos serviços em prol da Educação. Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Bebedouro por serviços prestados à Educação Profissional no município. Homenagem pela APEOESP, pelos serviços prestados à Educação. Título de Cidadão Bebedourense. Personalidade 2010 (Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade Mais Influente e Educador 2011(Top of Mind - O Jornal- Bebedouro). Personalidade 2012 (ARTPOP). Medalha Lítero-Cultural Euclides da Cunha (ALB-Suíça). Embaixador da Paz pelo Instituto VAEBRASIL.

Atuou como Colunista do Diário de Taquaritinga e Jornal "Quatro Páginas" - Bebedouro/SP.
É Colunista do Portal Educação (http://www.portaleducacao.com.br

Premiações Literárias: 1º Classificado na IV Seletiva de Poesias, Contos e Crônicas de Barra Bonita – SP, agosto/2005, Clube Amigo das Letras – poema “A benção”, Menção Honrosa no XVI Concurso Nacional de Poesia “Acadêmico Mário Marinho” – Academia de Letras de Paranapuã, novembro/2005 – poema “Perfeita”, 2º colocado no Prêmio FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) de Literatura – dezembro/2005 – conto “A benção”, Menção Especial no Projeto Versos no Varal – Rio de Janeiro – abril/2006 – poema “Invernal”, 1º lugar no V Concurso de Poesias de Igaraçu do Tietê – maio/2006 – poema “Perfeita”, 3º Menção Honrosa no VIII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba – setembro/2006 – poema “Perfeita”, 4º lugar no Concurso Literário de Bebedouro – dezembro/2006 –poema “Tropeiros”, Menção Honrosa no I concurso de Poesias sobre Cooperativismo – Bebedouro – outubro/2007, 1º lugar no VI Concurso de Poesias de Guaratinguetá – julho/2010 – poema “Promessa”, Prêmio Especial no XII Concurso Nacional de Poesias do Clube de Escritores de Piracicaba, outubro/2010, poema “Veludo”, Menção Honrosa no 2º Concurso Literário Internacional Planície Costeira – dezembro/2010, poema “Flor de Cera”, 1º lugar no IV Concurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica – dezembro/2010 – poema “Flor de Cera”. Outorga do Colar de Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, pelo trabalho Cultural e Literário. Prêmio Literário Cláudio de Souza - Literarte 2012 - Melhor Contista.Prêmio Luso-Brasileiro de Poesia 2012 (Literarte/Editora Mágico de Oz), Melhor Contista 2013 (Prêmio Luso Brasileiro de Contos - Literarte\Editora Mágico de Oz)

Antologias: Agreste Utopia – 2004; Vozes Escritas –Clube Amigos das Letras – 2005; Além das Letras – Clube Amigos das Letras – 2006; A Terra é Azul ! -Antologia Literária Internacional – Roberto de Castro Del`Secchi – 2008; Poetas de Todo Brasil – Volume I – Clube dos Escritores de Piracicaba – 2008; XIII Coletânea Komedi – 2009; Antologia Literária Cidade – Volume II – Abílio Pacheco&Deurilene Sousa -2009; XXI Antologia de Poetas e Escritores do Brasil – Reis de Souza- 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2009; Guia de Autores Contemporâneos – Galeria Brasil – Celeiro de Escritores – 2010; Prêmio Valdeck Almeida de Jesus – V Edição 2009, Giz Editorial; Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas - Celeiro de Escritores, 2010; Contos de Outono - Edição 2011, Autores Contemporâneos, Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Entrelinhas Literárias, Scortecci Editora, 2011; Antologia Literária Internacional - Del Secchi - Volume XXI; Cinco Passos Para Tornar-se um Escritor, Org. Izabelle Valladares, ARTPOP, 2011; Nordeste em Verso e Prosa, Org. Edson Marques Brandão, Palmeira dos Indios/Alagoas, 2011; Projeto Delicatta VI - Contos e Crônicas, Editora Delicatta, 2011; Portas para o Além - Coletânea de Contos de Terror -Literarte - 2012; Palavras, Versos, Textos e Contextos: elos de uma corrente que nos une! - Literarte - 2012; Galeria Brasil 2012 - Guia de Autores Contemporâneos, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso; Antologia de Contos e Crônicas - Fronteiras : realidade ou ficção ?, Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012; Nossa História, Nossos Autores, Scortecci Editora, 2012. Contos de Hoje, Literacidade, 2012. Antologia Brasileira Diamantes III, Berthier, 2012; Antologia Cidade 10, Literacidade, 2013. I Antologia da ALAB. Raízes: Laços entre Brasil e Angola. Antologia Asas da Liberdade. II Antologia da ACLAV, 2013, Literarte. Amor em Prosa e Versos, Celeiro de Escritores, 2013. Antologia Vingança, Literarte, 2013. Antologia Prêmio Luso Brasileiro - Melhores Contistas 2013. O tempo não apaga, Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos - Celeiro de Escritores. Palavras Desavisadas de Tudo - Antologia Scortecci de Poesias, Contos e Crônicas 2013. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXIII, RG Editores. Antologia II - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. antologia Escritores Brasileiros, ZMF Editora. O Conto Brasileiro Hoje - Volume XXVI - RG Editores (2014). III Antologia Poética Fazendo Arte em Búzios, Editora Somar (2014). International Antology Crossing of Languages - We are Brazilians/ antologia Internacional Cruce de Idiomas - Nosotros Somos Brasileños - Or. Jô Mendonça Alcoforado - Intercâmbio Cultural (2014). 5ª Antologia Poética da ALAF (2014). Coletânea Letras Atuais, Editora Alternativa (2014). Antologia IV da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). A Poesia Contemporânea no Brasil, da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Editora Iluminatta (2014). Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos - 8 séculos de Língua Portuguesa, Literarte (2014). Mr. Hyde - Homem Monstro - Org. Ademir Pascale , All Print Editora (2014)

Livros (Solos): “Análise Combinatória e Probabilidade”, Geraldo José Sant’Anna/Cláudio Delfini, Editora Érica, 1996, São Paulo, e “Encantamento”, Editora Costelas Felinas, 2010; "Anhelos de la Juvenitud", Geraldo José Sant´Anna/José Roberto Almeida, Editora Costelas Felinas, 2011; O Vôo da Cotovia, Celeiro de Escritores, 2011, Pai´é - Contos de Muito Antigamente, pela Celeiro de Escritores/Editora Sucesso, 2012, A Caminho do Umbigo, pela Ed. Costelas Felinas, 2013. Metodologia de Ensino e Monitoramento da Aprendizagem em Cursos Técnicos sob a Ótica Multifocal (Editora Scortecci). Tarrafa Pedagógica (Org.), Editora Celeiro de Escritores (2013). Jardim das Almas (romance). Floriza e a Bonequinha Dourada (Infantil) pela Literarte. Planejamento, Gestão e Legislação Escolar pela Editora Erica/Saraiva (2014).

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Metodologia e Avaliação da Aprendizagem

Pai´é - Contos de Muito Antigamente

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Contos de Geraldo J. Sant´Anna e fotos de Geraldo Gabriel Bossini

ENCANTAMENTO

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meus poemas

Análise Combinatória e Probabilidades

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juntamente com o amigo Cláudio Delfini

Anhelos de la Juvenitud

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Edições Costelas Felinas

A Caminho do Umbigo

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Edições Costelas felinas

Voo da Cotovia

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Celeiro de Escritores

Divine Acadèmie Française

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Prêmio Luso Brasileiro de Poesia 2012/2013

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Literarte/Mágico de Oz (Portugal)

Lançamento da Antologia Vozes Escritas

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Noite de autógrafos em Barra Bonita-SP

Antologia Literária Cidade - Volume II

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Poemas : Ciclone e Ébano

Antologia Eldorado

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Antologia II

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Antologia Cidade 10

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Org. Abílio Pacheco

Antologia da ALAB

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Antologia Poesia Contemporânea - 14 Poetas

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Lançamento do CELEIRO DE ESCRITORES

Contos de Hoje - Narrativas

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O Conto Brasileiro Hoje

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